terça-feira, 7 de abril de 2020

Tailândia - parte II

Chegámos a Surat cerca das 17h e após negociações conseguimos transporte mais barato do que o que o hotel nos tinha proposto, sim porque a decisão de reservar transfer do hotel ou não, foi muito difícil e levou a horas de conversas entre nós. Após uma viagem de 1h e 30 minutos, acompanhados de uma paisagem magnífica chegámos ao nosso destino: Monkey Mansion Jungalows, onde reina a simplicidade e para ficar aqui temos que ter espírito aberto, não há ar condicionado nem água quente, mas o espaço é espectacular. 
Ficámos apenas uma noite, uma vez que no dia seguinte fomos para o lago e este era o ponto de partida para a grande aventura que se avizinhava. 




Monkey Mansion Jungalows

No dia seguinte fomos para o lago de Khao Sok, as nossas malas ficaram no alojamento e apenas levamos roupa para um dia, o alojamento emprestou malas, para proteger os nossos bens da água, e toalhas. 
Após uma viagem de barco chegámos ao nosso destino para as próximas 24h, os bungalows flutuantes, onde não há rede, e a palavra chave é confiar, confiar nos guias e na sorte, porque se alguma coisa acontece estamos entregues à bicharada. Confesso que foi a experiência que tive mais medo nesta viagem mas a mais enriquecedora e desafiadora de todas, onde me desliguei completamente do mundo, éramos só nós, o guia, o staff e mais uns quantos aventureiros.
Na descrição da estadia destas 24h, há algumas hipóteses de actividades que irão decorrer tais como, ir a um view point, visitar uma cascata ou uma gruta. A actividade a realizar é decidida pelo nosso guia de acordo com as condições meteorológicas do momento. 
A nossa actividade foi uma caminhada até ao view point, fomos de barco até ao ponto de partida, e quando iniciámos a caminhada havia uma placa com a indicação de 1,5Km, pensei, 1,5Km faz-se rápido, pois enganei-me, não era 1,5Km de distância mas sim de altitude, ora bem caminhámos, caminhámos sempre a subir no meio do mato e descobrimos umas belas amigas que causaram o pânico, as sanguessugas, todas nós fomos atacadas pelas amigas e a sensação não é muito boa... Depois de duas horas a caminhar lá chegámos ao view point e para conseguir visualizar a vista prometida tínhamos que subir através de uma corda até ao ponto mais alto, para quem tem medo de alturas como eu, foi um verdadeiro teste... Foto da praxe e vamos nós iniciar a descida, já não bastava estarmos no meio do mato, para dar mais uns pós de prilpimpim à aventura, a chuva torrencial decidiu acompanhar-nos durante as duas horas da descida, associada à chuva as nossas amigas sanguessugas encontraram caminho livre para os nossos pés e pernas e estava a guerra aberta para as conseguir tirar... NOTA: Aventura imprópria para grávidas, no entanto não impossível...
Após esta aventura, banho quentinho, jantar, jogar umas cartas e dormir, estávamos exaustas... 
As luzes aqui só estão ligadas das 18:30 às 23h, confesso-vos que ir ao W.C. durante a noite é um bocadinho assustador, uma vez que o W.C. é partilhado e não fica a dois passos do dormitório.




No dia 8 de Outubro, acordámos bem cedo, só para beber um chá ou um café e é hora de ir observar a natureza, vimos gibões, o guia pegadas de elefante e no dia anterior tínhamos visto uma espécie de búfalos que segundo o guia são perigosos.
Após o passeio regressámos aos bungalows para o pequeno-almoço e aproveitar o resto da manhã para mergulhos, passeios de caiaque e para almoçar.




Após o almoço,regressámos de barco até ao porto e ao Monkey Mansion Jungalows para seguirmos viagem até Ao Nang num transfer providenciado pelo alojamento e que acabou por ser a experiência mais negativa da viagem. Supostamente até Ao Nang a viagem demoraria cerca de 1h e 30 min, bem posso dizer-vos que demorou o dobro e não foi pelo mau tempo porque o condutor não deu tréguas à velocidade e às ultrapassagens debaixo de chuva torrencial e trovões,mas sim porque decidiu andar a transportar pessoas que não era suposto, serviços extra? não sei, só sei que quando pisei a terra em Ao Nang rezei 5 pai nossos e 10 avé marias por estar viva.
No dia 9 de Outubro, fomos à praia de Ao Nang, negociámos uma tour pelas quatro ilhas, entretanto quando estávamos a aproveitar a praia, começou a chover torrencialmente e decidimos ir fazer uma massagem. Em Ao Nang havia um mercadinho mesmo perto do hotel onde ficámos, pelo que fomos lá jantar, já andávamos saturadas dos temperos usados na comida, a partir deste dia a estratégia foi comer peixe grelhado, carne grelhada, acompanhado de arroz com manga, salada de papaia, entre outros, íamos variando a ementa.



No dia 10 de Outubro vieram buscar-nos ao hotel e fomos fazer a tour de barco pelas quatro ilhas, este tour incluiu a visita à Poda Island, à Chiken Island onde fizemos snorkeling, a Tub Island e a Phranang Cave.




Após a tour aproveitámos para negociar o ferry para as Phi Phi no dia seguinte e visitámos a outra parte de Ao Nang.
Dia 11 de manhã fomos de ferry ate às Phi Phi, a viagem dura cerca de 2h. Relativamente às Phi Phi, há pessoas que não ficam na ilha, nós ficámos 2 noites e mais houvessem, a ilha é fantástica.
Nas Phi Phi:
- Pool Party no Resort Princess (sextas feiras com entrada livre);


- Assistimos a luta de Muay Tay no Reggae Bar;



- Fizemos um dia de tour: shark point, viking cave, Maya Bay (não se pode ir mesmo à praia), Monkey beach, Pi-leh bay e Loh Samah bay.



- View Point Phi Phi;


- Fomos às festas na praia com espectáculos de fogo, estas festas começam sempre às 20h e terminavam cerca das 24h no areal;





- Pôr do Sol incrível.




No dia 13 fomos de ferry até Krabi e viajámos de Krabi para Bangkok. 
Nesta segunda vez em Bangkok, fomos ao mercado flutuante e ao do comboio. 
O mercado do comboio tem horas específicas para ele passar, o mais interessante é mesmo aguardar pela sua passagem e assistir a toda a logística da sua passagem, aqui não há margem de segurança.
No mercado flutuante não esperem encontrar águas límpidas, é muito turístico e os preços, na minha opinião, são bastante inflacionados.


Alojamentos:

Bangkok: Dang Derm in the Park (https://dangdermpark.dangderm.com/), fica numa rua muito movimentada (Khaosan), no entanto o hotel está bem isolado, boas instalações e com piscina.
Chiang Mai: Your Space Hotel Prasingh (https://www.booking.com/hotel/th/your-space-prasingh.pt-pt.html) não se deixem enganar pelas fotos, sem elevador e quarto com mau cheiro, além disso wi-fi com sinal fraco. Positivo: água engarrafada fresca  ao dispor dos hóspedes.
Ao Nang: Alisea Boutique Hotel (https://www.booking.com/hotel/th/alis.pt-pt.html), quartos espaçosos, piscina, pequeno almoço espectacular.
Phi Phi Island: Hotel The Cobble Beach, bom pequeno almoço, piscina com vista mar.

O que comemos e bebemos: peixe grelhado, crocodilo, gelado de coco, roti, cogumelos e muito mais... não comemos insectos, não conseguimos...
Relativamente à comida optámos por ir a mercadinhos tradicionais ou então pesquisávamos na Internet. Só uma vez em Ayuthaya que fomos aconselhadas pelo taxista e foi a refeição mais cara.














O que levar:
  • Repelente;
  • Protector solar;
  • Sapatilhas se eventualmente fizerem a aventura no lago;
  • Chapéu
  • Capa para chuva.
- Será aconselhado ir à consulta de viajante antes da viagem para se aconselharem com profissionais adequados.
- Ter em conta que na entrada dos templos temos que tapar os ombros e as pernas, eu levei o sarong que comprei em Bali;
- Usar a aplicação Graab para alguns transportes, fica mais barato que os táxis;
- A moeda é baht tailandês, ter uma aplicação de conversão;
- O segredo é negociar, tours, ferrys, souvenirs, tuk tuk, tudo;
- Usar o cartão Revolut é uma boa solução, mas tenham um plano B caso o percam, aconteceu-nos isso :);
- Nunca deixem uma grávida, caso viagem com grávidas, sozinha no quarto porque ela adormece e depois têm que chamar o staff para arrombar a porta, ou se o fizerem assegurem-se que levam um cartão ou chave convosco.
Houveram algumas coisas que ficaram por fazer, mas os dias infelizmente não tinham 24h.
A Tailândia deixa um sentimento de necessidade de regresso dentro de nós, há sempre muito para visitar e para fazer.
Obrigada companheiras por mais uma aventura, a aventura nos dias de hoje são diferentes, andamos em luta contra um inimigo invisível que deixa sequelas em quem ataca, espero que rapidamente o consigamos dominar para poder vivenciar novas aventuras, dentro e fora de Portugal. Já lá vai meio ano e as saudades vossas são enormes. Quero dar-vos muitos abracinhos e conhecer a Catarina pessoalmente.



















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