No primeiro dia estava nublado em
praticamente todas as Lagoas pelo que, decidimos passear de carro pela ilha.
Iniciámos a nossa visita pela Plantação de
Ananases Arruda, a entrada é gratuita e as pessoas que lá trabalham
estão sempre disponíveis para uma breve explicação acerca da produção dos
ananases, decidimos trazer um e era simplesmente delicioso.
Seguimos viagem para Rabo de Peixe,
já nos tinham dito que era um sitio peculiar, e nós só o fomos confirmar, vemos
inúmeras pessoas que ali moram nas ruas, parece que houve uma “paragem no
tempo” há pessoas em tudo o que são associações, cafés, soleiras das portas,
muros…
A fome já apertava e depois de consultar o
GPS estávamos perto da Associação Agrícola de São Miguel, um sítio obrigatório para almoçar/jantar, também
enumerado em muitos blogs e aconselhado por amigos, bem este não desiludiu, há
uma ementa variada em que a carne predomina, decidimos acompanhar o almoço por
um vinho açoriano Tinto Vulcânico.
Com o apetite saciado seguimos viagem até
à Cascata
do Salto do Cabrito e aqui se iniciou mais uma etapa da nossa
viagem, a dos trilhos. Tínhamos ideia de fazer alguns trilhos durante as
férias, aconteceu que todos os dias sem crer nos metíamos em trilhos
inesperadamente.
Ao chegar à Cascata do Salto do Cabrito há
uma pequena placa a indicar a mesma, mas nós decidimos ir pelo trilho, um
trilho por cima de condutas com escadas íngremes que para quem tem medo de
alturas (como eu) não é muito aconselhável. Após andarmos algum tempo
encontrámos um casal italiano, questionámos pela cascata ao que nos responderam
que era mesmo no inicio do trilho, voltámos ao medo das alturas escorregadelas
e afins e posto isto lá estava a bela da cascata envolta em turistas a tirar
fotos, tiramos a bela foto da praxe e seguimos viagem.
Já estava a entardecer decidimos ir à Caldeira Velha a entrada são 3€,
podemos ir a banhos nas várias "piscinas" que lá existem, mas nesse dia estavam em manutenção uma vez que no dia anterior tinha havido uma tempestade. De qualquer das formas é interessante a visita ao parque, à cascata e ao pequeno museu que lá existe.
Após estes
pontos “obrigatórios” fomos sem rumo, relaxamos um pouco num cafezinho na Praia dos Moinhos acompanhados
por uma Especial (cerveja açoriana) e
acabamos o roteiro do dia no
Miradouro de Santa Iria que nos oferece uma vista simplesmente
espetacular.
Como ficámos
instalados num alojamento local (Lena´s Home) com acesso a cozinha e a hora de
chegada era sempre cerca das 21h, optámos por durante o dia realizar uma
refeição fora e jantávamos em “casa”.
No segundo dia a
aplicação mostrou que a neblina permitia ver as 7 cidades, lá fomos nós de carro até à Lagoa do Canário, onde há um
caminho que nos permite ir a pé até ao Miradouro
Boca do Inferno. Através deste miradouro é possível ver as seguintes
lagoas: Rasa, Santiago e Azul.
Miradouro Boca do Inferno
Lagoa do Canário
Aproveitámos e
ainda visitámos a Lagoa das Empadadas,
Raza
e Égua, fomos ainda ao Miradouro do Paúl, ainda o dia
não ía a meio e já tínhamos caminhado alguns quilómetros.
Vista do Miradouro do Paúl
Decidimos descer
até à aldeia das Sete Cidades, após conversarmos com alguns açorianos
aconselharam-nos o restaurante Lagoa Azul, como este estava fechado fomos até
ao Restaurante São Nicolau,
mais uma vez demos primazia à gastronomia local, peixe e uma deliciosa Kima.
Ao descer para a aldeia das Sete cidades é possível parar em vários miradouros que nos oferecem vistas de cortar a respiração.
Ao descer para a aldeia das Sete cidades é possível parar em vários miradouros que nos oferecem vistas de cortar a respiração.
Seguimos estrada
e ainda nos faltava visitar o miradouro Vista do Rei e o Hotel Monte Palace, ao
subir a estrada deparamo-nos com uma indicação a dizer Miradouro Vista do Rei,
decidimos parar e ir à procura, caminhámos bastante e chegámos à conclusão
que provavelmente aquele caminho era mais um trilho que iria dar ao miradouro Vista
do Rei junto ao Hotel Monte Palace, passados uns minutos encontrámos um casal
que nos confirmou as nossas suspeitas, entre decidir continuar ou voltar para
trás decidimos voltar para trás uma vez que ainda nos faltava cerca de uma hora
a pé e ainda haviam alguns pontos a visitar.
Fomos até às Termas de Ferraria, o caminho de
acesso está em obras para proteção das arribas o que se traduziu em mais uma
caminhada até às mesmas. As termas estavam fechadas uma vez que estavam em
manutenção, mas há uma zona balnear onde é possível experimentar as águas
quentes. Aconselham antes de visitar esta zona balnear consultar as marés.
Mais uma
moedinha, mais uma voltinha, já se fazia tarde mas o tempo ainda estava
solarengo pelo que a vontade de explorar venceu o cansaço e fomos ver o Hotel Abandonado Monte Palace e
o Miradouro Vista do Rei. Bem
o Hotel supostamente não pode ser visitado, as entradas estão barradas, mas a
curiosidade foi superior a muros e sabem que mais, vale muito a pena, a vista é
espetacular.
No terceiro dia
após consultar a aplicação finalmente a Lagoa
do Fogo estava sem nuvens, lá fizemos o nosso roteiro mental, destino
no GPS: Lagoa do Fogo, mais uma vez desafiamo-nos num trilho e este um trilho
difícil carregado de subidas íngremes mas que vale a pena pela vista final e
pelos sítios que fomos passando, grande parte do trilho é feito lado a lado com
uma levada de água.
Após usufruirmos
da vista e regressarmos ao carro, decidimos ir almoçar/lanchar o famoso cozido
das furnas ao Restaurante Tony’s .
Após um
caminhada e barriga cheia nada melhor que relaxar, inicíamos a nossa etapa spa
da viagem no parque Terra Nostra
(entrada 8€ por pessoa) onde podemos aproveitar a piscina termal e visitar o
parque e a natureza que este envolve. Posteriormente seguimos a pé até à Poça Dona Beija (entrada 6€)
onde demos continuidade à etapa spa da viagem.
Como o objetivo
foi sempre explorar o máximo a ilha de São Miguel após relaxarmos fomos visitar
as Caldeiras e a Lagoa das Furnas.
Já se fazia
tarde e regressámos a casa para descansar.
Estávamos no
penúltimo dia da viagem e ainda faltava ver muita coisa, iniciámos a manhã com
mais um trilho até à Cascata Salto do
Prego, um trilho que devido à humidade foi mais complicado mas que não
deixa de ser bonito e no final vale muito a pena. O Salto do Prego fica e Faial
da Terra que fica mais deslocado de Ponta Delgada.
Ao irmos para
Faial da Terra ainda passamos em Povoação
onde fomos surpreendidos por tapetes de “flores” para celebrar o feriado do
Corpo de Deus.
Depois do trilho
passámos na Lagoa do Congro seguimos até Vila Franca do Campo. Decidimos não visitar o ilhéu porque
já se fazia tarde e não íamos usufruir o suficiente (a ida até ao ilhéu de Vila
Franca é feita de barco), optámos por visitar a Fábrica das Queijadas da Vila e provar as mesmas. Posteriormente seguimos até à Igreja de Nossa Senhora da Paz
que está localizada num sítio que nos oferece uma vista fabulosa.
Ainda sem
almoçar uma vez que só petiscamos ao longo do dia, tinha sido aconselhada por
uma amiga a ir ao Bar da Caloura
era simplemente obrigatório, a fome já apertava e precisávamos de relaxar. O Bar
da Caloura fica mesmo perto das Piscinas
da Caloura. Foi-nos dado a carta mas rapidamente a senhora explicou-nos
que na carta não constava ementa para além das bebidas, sobremesas entre outros
uma vez que a ementa era feia diariamente de acordo com o peixe fresco que recebiam.
Após nos aconselhar anchova e chicharro, só vos posso dizer que foi uma das
melhores refeições da viagem quiçá se a melhor. O preço é acessível e atenção que
depois de chegarmos rapidamente se formou fila para jantar.
Como era a
última noite após um bom banho fomos passear às Portas do Mar.
Ultimo dia de
férias, e único dia de chuva para além do dia da chegada, o objetivo desse dia
era conhecer melhor Ponta Delgada o que ficou condicionado pela chuva.
Decidimos ir ao Mercado onde
provámos o bolo lêvedo, a nível de gastronomia de acordo com os nossos
objetivos só faltava mesmo provar as
lapas, após tentativa de ir à Tasca (que estava cheia e com fila) e à Taberna
do Alcides onde o cenário se repetiu perguntámos a um senhor que nos sugeriu a Casa Jordão onde fomos muito bem
recebidos e as lapas estavam deliciosas.
Lá fomos apanhar
o avião com o sentimento de que o regresso é obrigatório.
Relativamente à
ilha de São Miguel é muito limpa e organizada, há paisagens que parecem telas,
recheada de hortenses que nesta altura estavam em flor só tornaram o cenário
mais bonito.
Para a viagem
aconselho a levar: sapatilhas, toalha de praia, biquíni, tanto a toalha como o
biquíni devem ser os mais velhos que tenham uma vez que como as águas são
férreas e mancham facilmente. Levar ainda guarda-chuva e/ou capa para os dias
de chuva que podem acontecer. Andar sempre com água, fruta e alguns snacks na
mochila para trilhos inesperados e ainda protetor solar.
A não perder: um ananás açoreano, a cerveja Especial, A kima, as bolachas mulatas e o convívio com as principais habitantes da ilha.
A não perder: um ananás açoreano, a cerveja Especial, A kima, as bolachas mulatas e o convívio com as principais habitantes da ilha.