Antes de dar inicio à descrição da nossa viagem por Bali não posso deixar de vos contar que estivemos quase para não ir, como sabem existem muitos vulcões em Bali e dias antes da nossa partida houve um vulcão, o Agung, que estava na eminência de entrar em erupção.
Depois de muita conversa, alguma
ansiedade, contactos com a companhia aérea e afins decidimos realizar a viagem,
mas o roteiro que tínhamos inicialmente planeado foi ligeiramente alterado e
não marcámos hotéis a não ser para as duas primeiras noites, o que fez da nossa
viagem a Bali uma verdadeira mochileiras trip.
Espero que gostem da descrição da viagem, que vos aguce a
curiosidade e que vos seja útil no futuro.
Tenham em consideração que os preços aqui mostrados são
relativos ao mês de Outubro de 2017 e que Bali cada vez mais é um destino
turístico e os mesmos podem variar.
Considerações gerais:
- Consulta do viajante (vacinação hepatite A e Febre tifóide)
a realizar antes da viagem, preço de 5 € mais 20€ cada vacina;
- Em Bali são mais 7 horas que em Portugal;
- Levar GPS (basta a aplicação do Google maps);
- Negociar sempre (à excepção da bilheteira para os templos e
da comida nos restaurantes). Os taxistas e os vendedores de souvenirs apresentam sempre preços muito mais altos que os reais;
- Na escolha dos
hotéis tivemos sempre em consideração o facto de terem ar condicionado, wi-fi e
piscina, optámos ainda por ter o pequeno-almoço incluído.
- Em Ubud decidimos comprar um cartão de Internet e revelou-se bastante útil;
- As praias têm
algumas pedras (levar sapatilhas de água, do género as que levei para a Croácia);
- Levar impermeável para a chuva;
- Os transportes públicos são rudimentares, os métodos mais
usados na deslocação é a scooter ou táxi, os taxistas normalmente são privados
existe uma imensidão deles na rua e dá para negociar para o dia a seguinte;
- Como passámos muito tempo no taxi, em alguns dias optámos por comprar pão, atum, batatas fritas e era refeições mais rápidas;
- No aluguer de bicicletas e scooter não fazem seguros, não pedem nenhuns dados a não ser o hotel onde estão hospedados, funcionam muito à base da palavra e da confiança.
- O trânsito em alguns locais é caótico, conduzem em mão contrária à de Portugal, ultrapassam pelos dois lados, o que é certo é que nos dias todos da viagem não vimos um único acidente, as motas são mesmo verdadeiros camiões de transporte de todo o tipo de coisas possíveis e imaginárias.
Início
Depois de uma Viagem com 3 escalas chegámos ao aeroporto de
Dempassar já era noite, um calor abrasador, saídas do avião e depois de
recolhidas as nossas bagagens sãs e salvas, lá estava o nosso taxista à espera
da Senhora Guerreiro, a Boss e suas companheiras. Encaminhadas para o hotel e depois de
resolvidas as burocracias de check- in a primeira coisa a fazer foi um bom
banho de piscina.
O hotel escolhido foi o Rabast Angkul beach in Kuta, um
hotel simpático, pequeno e acolhedor.
Depois do banho na piscina fomos passear por Kuta para
cambiar euros e jantar.
Estávamos exaustas e decidimos ir dormir.
Dia 2
Após o pequeno-almoço estar tomado decidimos ir visitar o
Hard Rock café, e à praia (Di Pantai Kuta), onde fomos invadidas por vendedores
de tudo e mais alguma coisa, entre aulas de surf, massagens, sarongs, cerveja…
Decidimos ficar numa “esplanada” conhecemos o Augusto e bebemos uma cerveja.
Hard Rock Café Bali (interior)
Di Pantai Kuta
A nossa esplanada
O plano desse dia era
visitar o Tanah lot, mas para visitar o ideal é ir com a maré baixa, nesse
dia a maré baixa era às 15:30 pelo que só fomos na parte da tarde, o táxi foi o
mesmo que nos foi buscar ao aeroporto. No Caminho para o Tanah lot fomos provar
o café Kopi Luwak num local sugerido pelo taxista, o café Luwak é um dos cafés mais caros e mais raros
do mundo produzido com grãos de café extraídos das fezes do civeta, animais ativos durante a noite e que dormem durante o dia. A prova foi realizada junto a um campo de arroz muito bonito. Dão a provar vários tipos de café e chás e só temos que pagar o café Luwak caso o queiramos provar.
Civeta a dormir
Café Luwak
Tanah Lot
O taxista espera por nós o
tempo que for necessário. No regresso a Kuta decidimos ficar num sítio que se
chama KU DE TA onde jantámos e passeámos a pé por Seminyak, já tínhamos
dispensado o taxista.
Nessa noite fomos sair por
Kuta, andámos pelos bares e acabámos a noite no Sky Garden, foi a noite
da Bitang uma vez que decidimos todas sair com uma camisola da Bitang a cerveja
indonésia. De todos os sítios onde ficámos em Bali, Kuta é onde existe mais
animação nocturna.
Dia 3
Ida para Ubud. Em Ubud ficámos instaladas no Duana Sari
Ubud, como o dia já ía longo decidimos ir caminhar por Ubud e visitar a Monkey
Forest (50 000 rupias de entrada).
Cuidado com os macacos, porque eles são uns verdadeiros
artistas no que toca a retirar bananas e acessórios aos turistas.
Nesse dia jantámos no Babi Guling Ibu Oka, sugerido pelo
taxista. O prato típico aqui é um género de Leitão mas com muitas especiarias e
picante.
Bebemos Café no Starburcks que fica junto ao Pura Taman Saraswati e ao Lotus Café, vale mesmo a pena visitar tanto durante o dia como durante a noite, é lindo e relaxante.
Fomos para o hotel e decidimos ir dar um mergulho na
piscina, as noites em Ubud são mais calmas e o hotel onde ficámos era muito
sossegado com as noites ao som dos sapos nos terraços de arroz.
Dia 4
Na noite
anterior negociámos com o Agung um taxista para o dia a seguir. Às 10 da manhã
no local combinado, após o expresso bebido no Warung Magendra seguimos viagem.
Chovia
imenso mas não nos fez desistir do nosso roteiro combinado com o taxista.
Iniciamos
pelo Tegagaland Rice Terrace (10 000 rúpias de entrada).
Os Terraços
são lindos, uma verdura encantadora, em socalcos. Acontece que de x em x metros
estão a pedir donativos. Após algum tempo de caminhada voltamos ao táxi.
O taxista
levou-nos perto do Lake Batur e do Vulcão Batur, mas como o tempo estava
chuvoso não conseguimos ver, tirámos fotos e seguimos viagem após termos
provocado uma discussão entre duas senhoras que estavam a vender sarongs a preços diferentes e a
estragar o negócio uma à outra.
Parámos para comprar fruta (tamarilho, magustão,
Dragon Fruit) e seguimos viagem para Pura Tirte Empul a entrada são 15 000
rúpias.
O nome deste templo significa “nascente da água sagrada”
que se refere ao lago principal localizado no interior do templo. É habitual
verem-se dezenas de pessoas a banharem-se nas águas “sagradas” de um grande
lago rectangular composto por 13 saídas de água. Após as rezas solenes, cada
pessoa deverá banhar-se em cada uma das saídas de água, excepto nas últimas 2
apenas reservadas a celebrações fúnebres.)
De nós as 4
só duas decidiram realizar o banho sagrado nas fontes. Para realizar este banho
é necessário vestir um género de sarong mas com parte de cima que eles têm lá e
também é pago.
Para entrar
neste templo é obrigatório o uso de sarong.
Seguimos viagem para o Goa Gajah (15 000 rupias). Entrada
obrigatória com sarongs, entrada proibida a mulheres menstruadas.
Entrada para um local de rezas
Há muita vegetação e natureza neste local. Aqui negociámos e cada uma comprou um sarong.
Voltámos para Ubud e depois de banho tomado e consultar o
tripadvisor, jantámos no Warung Pondok Madu, este restaurante é pequeno mas a
comida é simplesmente divinal assim como o atendimento que é sensacional.
Dia 5 (fomos com o mesmo taxista do dia anterior)
Este dia foi iniciado com a ida ao Bali Swing, após
chegarmos lá optámos por não entrar uma vez que a entrada são 29€ por pessoa, a
vista é bonita mas nada de deslumbrante e para mim que tenho medo de alturas
estava mesmo fora de questão.
Seguimos viagem para o Pura Ulun Danu Bratan, este templo na
minha opinião é um dos mais bonitos dos que visitámos.
É obrigatória a entrada com Sarong.
Fomos constantemente abordados por asiáticos para tirarem
fotos connosco e até hoje não sabemos se é por termos uma fisionomia muito
diferente ou se há outra razão.
Seguimos viagem para a Munduk waterfall, a entrada são 10 000 rupias, preparem-se a estrada de acesso é cheia de curvas e contra-curvas com algumas descidas,
mas vale a pena. Nós queríamos inicialmente ir às Sekumpul waterfall mas o nosso taxista disse que era muito
longe.
No regresso parámos no Danau Kembar, um baloiço que nesse
dia era gratuito para tirar algumas fotos, o sítio é lindo e as fotos ficam espectaculares.
Optámos por jantar no mesmo restaurante que no dia anterior
e a nós juntaram-se dois amigos nossos que também estavam em Ubud.
Nessa noite encontrámos um casal de portugueses que nos deu
algumas dicas para a viagem.
Nesse dia reservámos hotel para as Gili Trawagan e negociámos mais uma noite em
Ubud no mesmo hotel.
Dia 6
Neste dia optámos por ficar por Ubud, para realizar
massagens , ir visitar o Ubud Palace e negociar no Ubud Market.
Almoçamtos no Ibu Rai, um restaurante recomendado por um grupo
de Portugueses que encontrámos na rua.
Jantámos Pizza no Hotel acompanhadas de umas belas Bitangs.
Massage ;)
Dia 7
Tomámos o pequeno-almoço às 6:30 para irmos para o porto de
Pandag Bay para apanhar o ferry para Gili T. Há 2 horários, às 9h e às 13h, optámos por ir no das 9h para podermos aproveitar o dia.
Nesta ilha não existem estradas alcatroadas, não há carros e os táxis são cavalos, nas ruas andam desde galinhas, cabras, cavalos e vimos mesmo vacas na praia. O meio de transporte mais usado é a bicicleta. As pessoas são menos simpáticas e hospitaleiras que em Ubud, interessa referir que a maioria são muçulmanos enquanto que em Ubud a religião predominante é o Hinduísmo. Depois de termos feito o check-in no Gili Flush Harmony, alugámos bicicletas, negociámos o snorkeling para o dia a
seguir (280 000 rupias para as 4) numa das muitas bancas que existem na rua principal.
O táxi
O nosso meio de transporte
Decidimos descobrir a ilha de bicicleta, ver o sunset no Le
Pirat, jantámos no Gili Trawangan Night Market que há todas as noites, bebemos café no Kayo Café e
fomos sair para o Jiggy.
Esplanada do Kayou Café
Sunset no Le Pirat
Kayo Café
Dia 8
Fomos fazer Snorkeling até às 14:30, passou pelas 3 ilhas (Gili Trawangan, Gili Meno e Air), almoçámos nas Gili Air)
Quando regressámos às Gilli T, fomos de bicicleta para o
outro lado da ilha e vimos o sunset no The Exile. Jantámos no Gili Trawangan Night Market e decidimos ir para o hotel descansar.
Negociámos mais uma noite no hotel uma vez que só tínhamos reservado
duas.
Sunset no The Exile
Dia 9
Aproveitámos a manhã para recuperar energias na piscina.
Optámos por conhecer o resto da ilha de
bicicleta, parámos para assistir ao sunset. Depois de consultar novamente o tripadvisor jantámos no The Roast House e desta vez bebemos o expresso no
La Dolce Vita. Negociámos o ferry para o
dia seguinte, tem 3 horários sendo que o das 15 horas é mais caro. A noite foi de despedida no Jiggy.
Último sunset nas Gili T
Último coconut na Gili T ( a bebida além da Bitang que mais nos acompanhou nesta viagem)
The Roast House
Dia 10
Depois de feitas as malas e de pequeno almoço tomado bebemos
café no La Dolce Vita e fomos dar o último mergulho nas Gilli T.
Fomos buscar as malas de bicicleta (um autêntico malabarismo conquistado com sucesso) e almoçar no The Roast House, entregámos as bicicletas e seguimos para o ferry. A viagem de regresso foi muito atribulada, mas no meio da atribulação ainda houve tempo para a Boss dormir, a Cátia elaborar um plano de emergência em caso de evacuação, eu tentar não vomitar e a Mariana concentrar-se no sono de beleza da Boss que ía ao seu lado.
Nós tínhamos incluído shuttle free até Kuta quando comprámos
o bilhete de ferry nas Gili T, mas na saída do ferry fomos abordadas por dezenas de
taxistas para nos levarem a Kuta porque demoravam menos tempo e que o shuttle demorava
cerca de 3 horas, decidimos confiar e fomos de shuttle, demorou cerca de 1h:30 min, o
motorista era estranho, estava escuro mas o que é certo é que eles são de
palavra e levou-nos ao sítio combinado.
Durante esta viagem a Cátia que se tornou perita em inglês e em negócio contactou com um taxista (que encontrou no tripadvisor) através de whatsapp e eles foi-nos buscar para seguir viagem para Uluwatu.
Ficámos hospedadas no Ayodhya. Jantámos pelo hotel depois de um mergulho na piscina.
Dia 11
Após alguma conversa e renitência da minha parte decidimos
alugar mota, o senhor queria 100 000 rupias por cada mota em cada dia, a Boss conseguiu 250 000 rupias pelas duas motas em dois dias. Deu-nos as respectivas chaves a única pergunta que fez foi, vocês sabem conduzir? Dissemos que sim e seguimos viagem. Interessa contextualizar, eu não sei conduzir e tenho medo mas mesmo medo de andar de mota, a Mariana já não conduzia há anos porque teve um susto ao tirar a carta, a Cátia não conduzia mas queria arriscar e a Boss, a Boss domina tudo e não tem medo de nada.
Capacetes? Não há... Ponteiros da velocidade e da gasolina sempre no zero, o que nos resta? Confiar e ir...
Como ver se temos gasolina? Abrir o depósito e espreitar.
Como ver se temos gasolina? Abrir o depósito e espreitar.
Parelhas das motas: Mariana a conduzir e Sónia pendura, Cátia a conduzir e Joana pendura e co-piloto ao mais alto nível ("olha um buraco, olha a curva olha isto olha aquilo, vai mais devagar, etc).
Dreamland Beach ( eu e a Cátia tivemos um susto com os travões da mota, mas acabou por correr bem, a sapatilha direita da Cátia é que ficou sem metade da sola).
Bingin
beach
O acesso a esta praia é através de uma escadaria enorme.
Almoço no Kelly´s Warung
Pandang Pandang - entrada 10 000 rupias
Esta praia é muito turistica uma vez que há cenas do filme "Eat Pray Love" que foram aqui gravadas.
Em Bali há macacos por todo o lado, na entrada desta praia a Boss foi surpreendida por um macaco que lhe roubou uns óculos acabadinhos de comprar.
A entrada para esta praia é atrávés de uma escadaria muito estreita.
Um pouco antes do pôr do sol fomos para o Uluwatu Temple a entrada custa 2000 rupias e o espetáculo de dança (KecaK and Fire Dance) 30 000 rupias. Há várias danças típicas em Bali, nós optámos por ver esta em vez da Barong Dance uma vez que decorre aquando do pôr do sol e a magia é diferente. Tenho pena de não ter estado mais tempo aqui, mas o espetáculo estava quase a iniciar quando chegámos.
Na saída do templo conhecemos um grupo de brasileiros que nos orientou até ao
hotel, pelo caminho mais uma peripécia acontece, a mota desliga do nada, mas a condutora logo resolveu a situação. Fomos ao hotel tomar uma banhoca e jantámos num café de rua uma vez que já era tarde, ainda tentámos sair
mas a noite acaba cedo cerca das 23h/24h e a festa desse dia era em Pandang
Pandang e ficava um pouco longe.
Nesse dia ainda tentámos reservar mais duas noites no hotel, mas desta vez sem sucesso uma vez que ficava mais caro e não estavam dispostos a negociar. Acabámos por reservar para o Mamo Hotel.
O facto de nunca reservarmos a totalidade das noites nos locais foi com o intuito de negociar mais barato depois no próprio hotel, obtivemos sucesso em Ubud e em Gili T mas o mesmo não aconteceu em Uluwatu.
Dia 12
Fizemos as malas e mudamos para o Mamo Hotel que fica uns metros mais acima. Depois de instaladas fomos beber café ao Suka Espresso.
Nusa Dua
Karma beach
Lanchámos/ jantámos no Juiwa Juice e fomos sair no Single Fin onde era a festa nessa noite.
Dia 13
Era dia de entregar as motas o que se traduziu num alívio para mim, passámos a manhã na piscina. Os brasileiros que conhecemos no templo também estavam hospedados no Mamo Hotel, após alguma conversa decidimos ir almoçar com eles a um restaurante brasileiro que segundo percebi não tem nome, fica na direcção de Pandang Pandang do lado direito, é verde e amarelo a comida é muito boa, caseira e barata. O meu alívio da entrega das motas na manhã acabou ali, uma vez que tivemos que ir à boleia com eles para o restaurante, mas correu tudo bem.
À tarde fomos à Uluwatu beach, mergulhamos mas depressa tivemos que sair porque a maré estava a encher.
Fomos ao Single Fin para ver o último por do sol na nossa viagem
Fizemos Jantar de Despedida com os nossos amigos brasileiros, despedimos-nos e fomos fazer as malas, o fim da aventura começava aqui.
Em Uluwatu há muitos brasileiros, é uma zona mais relaxada, com muitos surfistas.
Em quase todas as praias o estacionamento é pago.
Em Uluwatu há muitos brasileiros, é uma zona mais relaxada, com muitos surfistas.
Em quase todas as praias o estacionamento é pago.
Obrigada companheiras de Viagem por mais uma aventura :)
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